20.9.05

SHOW MINISTRO - No meio de tanto escandalo, um show de resposta do ministro da educacao nos EUA

SHOW DO MINISTRO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO NOS ESTADOS UNIDOS


> Durante debate em uma universidade, nos Estados Unidos, o ex-governador do
> DF e ministro da Educação CRISTOVAM BUARQUE, foi questionado sobre o que
> pensava da "Internacionalização da Amazônia".
> O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que
> esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro.
> Esta foi a resposta do Sr. Cristovam Buarque:
> De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a
> Internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham
> o
> devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso.
> Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a
> Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o
> mais que tem importância para a humanidade.
> Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser
> internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do
> mundo inteiro...
> O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a
> Amazônia
> para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas
> sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extracção de petróleo e
> subir ou não o seu preço.
> Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos
> deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os
> seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de
> um
> país.
> Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas
> decisões
> arbitrárias dos especuladores globais.
> Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países
> inteiros na volúpia da especulação. Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria
> de
> ver a internacionalização de todos os grandes
> museus do mundo.
> O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é
> guardião
> das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar
> esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural Amazônico, seja
> manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país.
> Não faz muito, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele, um quadro
> de
> um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido
> internacionalizado.
> Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do
> Milênio,
> mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por
> constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu
> acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser
> internacionalizada.
> Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a humanidade.
> Assim como Paris,Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife,
> cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveria
> pertencer ao
> mundo inteiro.
> Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas
> mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos
> EUA.
> Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas,
> provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis
> queimadas feitas nas florestas do Brasil.
> Defendo a ideia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em
> troca da dívida.
> Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo
> tenha
> possibilidade de COMER e de ir à escola. Internacionalizemos as crianças
> tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como
> patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro.
> Crianças pobres do mundo como um patrimônio da Humanidade, eles não
> deveriam
> viver.
> Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas,
> enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia
> seja nossa. Só nossa!
>
>

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