26.4.13

DESVANTAGENS EREADER

Já que queimei mesmo meu dinheiro com um leitor de livro eletrônico  e vejo que não foi boa ideia, porque não criticar esse equipamento de leitura de epubs, pdfs e assemelhados? Que justificativa alteraria o meu ponto de vista, caso eu voltasse no tempo?  Tudo o que estou falando pode ser também aplicado a outros possíveis leitores de livro eletrônico. Que fique bem claro que o ???? se aplica a qualquer possível leitor de livro eletrônico.

Depois é só juntar tudo e fazer um artigo no fanzine..

A compra

Quando se chega na filial de uma livraria ou qualquer outro estabelecimento onde se tenha o tal equipamento a venda, existem vendedores treinados para orientar o futuro comprador. Mas não é apenas vontade de vender.

Comparado com um net book, o comprador não entra na loja e sai com o ???? xxxxxx ou qualquer outro ???? leitor de livro eletrônico. Ele precisa se cadastrar na matriz ?????. Quer dizer, ele faz um cadastro com dados como:
  • Nome completo
  • Email
  • CPF (sim)
  • Endereço completo (não exigem comprovante de residência porém)
Isso se o cadastro for feito na livraria do Brasil. Quer dizer, a pessoa pode optar pelo cadastro na matriz da ????, no exterior, via Internet.  Necessário ter email em mãos para o primeiro login na ????? ou na livraria onde você comprou.

Através de rede Wifi (que não precisa ser o próprio wifi da livraria onde você comprou), quando o hardware que você comprou é ligado, há uma conexão com a matriz ???? no exterior (ou sei lá, algum site equivalente no Brasil) e a última versão do software para o hardware (o leitor e-reader que você está comprando). Então, o aparelho é orientado a "chamar a mamãe" e "mamãe" instala no seu hardware ????? reader a versão do software.

Precisa do vendedor do lado para fazer isso na primeira vez. Não tenho a menor idéia de como acontece isso se a pessoa compra por Internet. Eu não saberia fazer sem o vendedor do lado. No dia seguinte, resolvi "brincar" com o sistema, fiz o reset (desinstalei tudo, formatei o ?????, ficou como estava) e foram várias horas num wifi qualquer para conseguir fazer o ????? e-reader chamar "mamãe" no exterior (ou seja, acessar o site d? ???? na Internet para instalar o sistema) e repetir o processo (a brincadeira também apagou livros free que eu tinha conseguido enfiar no ????, coisa que também me custou várias horas). Eventualmente aprendi sem o vendedor, vou poder "vender" cursos sobre como mexer com o ????? reader, qualquer dia.

Então, pelo que entendi, ninguém leva o ???? e-reader e dá de presente. Não. No exemplo que conheço, ou você já tem o nome, cpf e dados da pessoa (coisas pessoais) ou então mesmo que você esteja "dando" de presente para, digamos, sua mãe (minha ideia inicial), na verdade você está "emprestando". Já que qualquer futura compra de livro fica atrelada ao seu email. E para acessar o site da livraria onde você comprou na Internet ou via Wifi, você precisa usar este email.

Do momento em que você cadastra seu email, o site d? ???? (no exterior) ou da onde voce comprou fica com a lista do que você lê no seu e-reader ????, já que eles é que vendem.  Não vou nem entrar ainda no aspecto dos livros free que tem por aí, fica para outro dia. Não achei fácil colocar o "Memórias Póstumas de Brás Cubas" dentro do meu finado e-reader.

Então meu primeiro post é sobre esse detalhe: a pessoa fica cadastrada como possuidora daquele e-reader. Se for na assistência técnica, o email serve para confirmar a procedência ou quem é o dono do aparelho e-reader.

Atualmente, isso no Brasil não significa muita coisa. Mas nos EUA, onde estão processando gente que faz download de música MP3 (sim, estou falando de e-reader mas veja o ponto), se a pessoa estiver de posse de um e-reader e esse e-reader contém um arquivo cujo download não foi feito através da livraria brasileira ou da ???? no exterior, se esse arquivo for ilegal, para efeito de prisão, numa batida policial ou coisa do gênero, a pessoa pode ser processada criminalmente por ter arquivos ilegais.

Os mais interessados podem ler http://en.wikipedia.org/wiki/Sony_BMG_v._Tenenbaum ou http://wiki.answers.com/Q/What_are_the_punishments_for_illegally_downloading_music

Uma coisa é um hardware, um leitor de livros eletrônicos. Outra coisa é essa perseguição que estão fazendo a qualquer um que tenha feito download de MP3 lá nos EUA. Hoje. Houve época aqui no Brasil que cocaína era vendida em farmácia. Hoje não é mais.

Se em algum futuro começarem a tentar processar gente que "emprestou" ou "partilhou" livros eletrônicos comprados, vai bastar o policial checar se o ???? e-reader (aquele aparelhinho de leitura de livros) tem livros que não foram comprados eletronicamente através da livraria que te vendeu o ???? e-reader. Ou simplesmente que não foram comprados.

Para bom entendedor, meia palavra basta. Em tempos antigos, todos os motéis exigiam preenchimento de ficha cadastral. Aí alguns policiais mal intencionados, sem dinheiro, começaram a vasculhar as fichas de hóspedes em busca de gente casada que usava motel para trair a mulher. Hoje, a pessoa deixa o RG ou documento quando usa o motel. Só.

Do meu ponto de vista, é uma falha, a pessoa ter que estar cadastrada para usar uma aparelho e-reader, para comprar e ler livros eletrônicos. Ela deveria ser anônima. Desse jeito, ponto a favor para o livro papel. Quando você compra um livro papel num sebo, dificilmente vai saber dos leitores que manusearam o livro.

No caso do ????? e-reader, fica uma trilha eletrônica dos livros que você leu, comprando pela Internet. Ou na matriz do ???? no exterior ou na filial aqui no Brasil. E todos os outros que você está para ler. Quem quer que seja que tenha seu aparelho e-reader em mãos fica sabendo de tudo o que você tem para ler no futuro, fica sabendo do que você já leu, o que você está lendo.

Dica: nunca leve seu ????? e-reader para o local de trabalho ou seus colegas de trabalho vão saber de tudo o que você lê (sem falar no perigo de copiarem seus e-livros).