(continuando o texto acima - o blog não permite textos muito grandes)
56.4- Foi à Igreja/procurou padre/pastor (a)(b)
56.5- Buscou ajuda profissional(psicólogo, médico, etc) (a)(b)
56.6- Consultou horóscopo (a)(b)
56.7- Procurou amigos (a)(b)
56.8- Buscou orientação em livros e revistas (a)(b)

64.1- Para se conseguir alguma coisa na vida é preciso ter sorte (a)(b)
64.2- É importante ser honesto(a) e trabalhador(a), mas com isto não se consegue nada na vida. (a)(b)
64.5- É bom ter amigos influentes, pois está cada vez mais difícil conseguir o que se quer (a)(b)
64.9- Não tem nada de mais fumar maconha (a)(b)
64.12- Vale tudo para conseguir meus objetivos (a)(b)
Fonte: Manual do Inscrito - Questionário Sócioeconômico - Exame Nacional do Ensino Médio ano 2001

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Qual o problema nisso? Bom, se você responder (a) na pergunta 64.9 e o cara que for te empregar tiver acesso a esse questionário, é algo preocupante. Se você responde (a) na 48.3 (viu alguém vendendo drogas), você automaticamente é um criminoso, já que o cidadão tem a obrigação de comunicar um crime. E o questionário do ENEM vem com nome, não é anônimo. Quem quer que responda ao questionário vai estar falando o que pensa para quem quer que tenha acesso a esse arquivo eletrônico. Para as empresas, isso vai representar uma diminuição enorme nos gastos com a seleção. Basta elas terem acesso a esse arquivo e aí escolhem um funcionário de acordo. "Ah, você em 2001 não era contra as drogas, né? Então não pode trabalhar aqui na empresa, sinto muito". Ou então, o cara sei lá, responde (b) na pergunta 64.5. O empregador que vai te entrevistar já pensa: "esse não é bobo nem corrupto, é melhor não contratar". Um questionário desses, se for respondido de forma correta, pode revelar muito sobre a pessoa. Deveria ser anônimo. Sei lá, dá medo, principalmente porque informações sobre o imposto de renda das pessoas já foram vendidas em CD na Santa Ifigênia, vide http://www.jt.com.br/editorias/2000/06/02/ger601.html. Todo cuidado é pouco.
Pode ser que tenham mudado esse ano, mas se não o fizeram, pode ter certeza que a privacidade no Brasil será já já coisa do passado.
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