24.8.02

COMDEX - Meu correspondente lá me falou que estava boa, a feira. Pelo menos o mulherio. Tinha gente vendendo convites (que deveriam ser gratuitos) mais barato, na porta. Era só preencher com quaisquer dados (verdadeiros ou falsos) e andar por lá. Não era necessário mais ficar preenchendo os ridículos folhetos p. concorrer a sorteios. O crachá já fica com código de barra. A opção seria mostrar ou não. Afora isso, não tinha grandes novidades. Nem mesmo estão dando amostras grátis de revistas. A camiseta do fanzine não foi reconhecida por ninguém, exceto talvez por um pessoal numa livraria de marmiteiros da internet. Não valeu muito a pena.

21.8.02

NADA DE NOVO - Não sei até que ponto o pessoal fica todo dia checando para as novidades.. tô numa semana meio pesada, resolvendo questões de pós-graduação. A nova edição do fanzine está para sair (assim que eu resolver estas questões).

ÚLTIMA DO CDC - O Cult of Dead Cow lançou algo para contrabalançar o que rolou com o Napster e outros protocolos. Vide http://www.wired.com/news/privacy/0,1848,53799,00.html

18.8.02

TESE DE MESTRADO (DE ALGUÉM) - Incrível o que a gente vê por aí. Alguém, uns tempos atrás (bem para trás), veio me fazer umas perguntas sobre ... vocês sabem o quê. Mestrado. A noção de etiqueta do pessoal. Já na pré-entrevista com o cara, desanimei. O sujeito partia do ponto de vista que o que ele via na imprensa, difamando a moçada, era base para discutir o tema. Cortei o papo com ele. No entanto, o figura apareceu de novo, enchendo o saco. E pior, teve gente que acreditou no papo dele e deu depoimentos. Fazer o quê, cada um é dono do seu nariz. Eu avisei que o cara não era gente boa. Antes de falar do texto do cara, que virou livro e deve estar sendo vendido para por aí, vou falar de outra coisa:
Pós-moderno. Mó papo de gay, mas para quem faz mestrado, é importante. Vou usar um exemplo simples: antigamente (meu tempo de criança), família era uma reunião de pessoas, pai, mãe e filho(s) e filha(s). O pai era responsável pelo sustento, mãe tomava conta da casa, etc, etc..Hoje está havendo casos de famílias formadas por (ex.) casal de lésbicas, o filho(a) adotado(a), criado por inseminação artificial (esperma de amigo ou clínica) ou mesmo famílias onde é a mulher, divorciada, que toma conta de todo mundo e o pai só manda a pensão alimentícia, a mãe também trabalha. É família do mesmo jeito.

Pois é, vendo esse texto de mestrado do cara, não pude deixar de pensar no exemplo citado. É mestrado do mesmo jeito.

O autor, se fosse jornalista, deveria se ater mais aos fatos. Deveria ter incluído o meu fanzine na Bibliografia, mesmo não indo com a minha cara. Traduzindo para o público hacker, fazer isso é a mesma coisa que documentar o seu programa de forma decente. Darcy Ribeiro concordaria comigo. Eu não sei o que vou fazer no meu doutorado (tá difícil conseguir orientador p. lidar com hackers, aqui na USP, tem gente, mas não sei não..). Mas vou ter que incluir na tese uns "marmiteiros" que só sabem fazer "livros" copiando textos da internet. Pior, vou ter que incluir na tese algumas palavras sobre esses incompetentes. Quando estudei uma coisa chamada METODOLOGIA, me deixaram bem claro isso, é bem básico. Tem que documentar o óbvio.

(CONTINUAÇÃO DO TEXTO ACIMA)
O pior de tudo é que ficou um verdadeiro banana-split de 500 sabores. Quando termina, já está com azia e nem lê de novo. Típicos desses caras que reunem uma quantidade de informação, mas tem que entregar o texto logo. O pior são os erros crassos do cara. Colocar John Drapper pelo nome e não Capt. Crunch, de onde ele copiou isso, do Canal Discovery? Porquê tem muito livro de hacker que copiou texto de outro livro cuja fonte original foi a página do canal Discovery. Foi lá que classificaram o Drapper daquele jeito e não de phreaker. E outra: os caras do Brasil que ele entrevistou, puxa vida. Vários deles eu conheço. Um foi um cara que não tinha história de invasão para contar, teve a coragem de inventar que conseguiu invadir página de outra pessoa no geocities, em 98 ou 99 (na época, era difícil, só com brute-force ou engenharia social). Ficou se gabando disso, deu o URL da página. Não disse que a página era de um estagiário do trabalho dele (e que ele era o chefe).
Que DEFINIÇÃO de ??acker esse cara usou? O mais interessante é que pelo texto desse mestrado, esses caras hoje tem filhos (quem esse cara entrevistou, MEU DEUS). Interessante. Nem o Mitnick conseguiu manter um relacionamento estável quando estava fazendo as estripulias dele. Eu conheço muita gente aqui no Brasil e no exterior. Caras com filhos brincando disso, só conheço um e não considero esse cara ??cker. Opinião minha. Só está interessado é na parte de ser amigo de ??cker. Se o cara do mestrado considerou ??cker como esses sujeitos que ficam famosos por invadir computadores, dançou ao ouvir e colocar o depoimento desse cara. Não tem um único desses caras que foi preso com filhos pra criar e que ficou famoso como.. sei lá, o Analyser (que já ficou comprovado, é mais fama do que conteúdo).
Então, ele entrevistou gente que se considera ??cker. É não existe associação (e acho que nem vai existir), definindo a categoria. Até o porteiro do meu prédio pode se considerar ??cker.

Como mestrado, legal que o sujeito obteve o título. E conseguiu vender o livro para uma editora. Se o livro é bom? Precisaria ler com mais calma. Folheei na livraria, olhei a bibliografia e os depoimentos que ele reuniu. Achei muito caro. Vou esperar alguém me emprestar. Aí então talvez faça uma crítica em profundidade. E essa crítica eu não mostraria para ninguém. Sabe porquê? Porquê ele cria a polêmica escrevendo bosta, eu corrijo. Ele lança nova edição "atualizada".