14.11.03

DEBATE SENAC

DEBATE SENAC - Fui ontem numa palestra do Senac-Lapa sobre Cibercultura. Parece que fizeram o evento p. lancar um livro sobre o assunto. O prof. Andre Lemos, da UFBA, esteve la na quarta-feira, o que realmente e´ um ponto bem a favor do SENAC. Como estou em final de semestre e tambem fiquei sabendo em cima da hora, so assisti uma palestra ate´ o final. Um cara que faz marketing em cima de hacker e outro do Telecentro. Como eles estressaram muito o lance "na Internet o direito autoral nao e´ relevante" (alguma coisa nesse sentido) nao vou citar nomes. Com sorte vou escrever um artigo em cima. Por alto, a palestra me deu ideia que existe uma preocupacao no meio academico em nomear, classificar e analisar o "fenomeno hacker" como se fosse um cadaver que pudesse ser dissecado. Tipo: a populacao brasileira tem a cultura "hacker" no sangue porque ela foi copiando ou usando o melhor de tudo para produzir uma mistura, exemplo o carnaval, etc, etc.. mais ou menos a argumentacao do Manifesto Antropofagico, com nova embalagem. O dito manifesto pregava que o brasileiro "canibaliza" o estrangeiro para produzir algo completamente novo e diferente. Do ponto de vista cultural, o brasileiro pega partes do original, refaz e joga no mundo com novos significados. Se o cara que apresentou a palestra tivesse falado do Oswald de Andrade, tudo bem, mas usou varios exemplos que sei la´. Sem duvida esse debate apresentou uns pontos importantes sobre cultura hacker. Mas altamente contraditorio, misturando coisas diferentes, de contextos diferentes, uma salada. Tava caindo de sono e a plateia era pequena. IMHO (na minha opiniao) houve um pouco mais de coerencia do que o texto de um cara de Brasilia que sei la como ta dando aula por aquelas bandas. Aparentemente, todo mundo quer se fazer de "doutor" em "hacker". E criando significados em cima disso. Vao acabar fazendo o mesmo que fizeram com o movimento PUNK, que comecou como um protesto contra o desemprego e o conformismo da sociedade (dai o visual agressivo e pesado) e virou fashion. Como o hacking se banalizou, considera-se como um cadaver de movimento, que pode ser dissecado e o nome "hacker" pode ser usado para atrair a atencao da midia sensacionalista. O orador pode ser tolo, desde que o ouvinte seja sabio. Infelizmente, nao sei se existe sabedoria entre os ouvintes de hoje. A lei de Murphy prega que a soma da inteligencia no mundo e´ constante, mas a humanidade esta aumentando.. Fico chateado e´ que o nome hacker compreende muita coisa que nao pode ser transmitida mas vivenciada. Se o cara fizer nomes como "hacker isso" ou "hacker aquilo" pode ter certeza que e´ propaganda e nao "hacking". O "hacking" do autor e´ chamar sua atencao, provocar sua curiosidade e possivelmente tirar seu dinheiro do bolso (e colocar no dele).

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