14.7.17

DICA DE LIVRO DE GUERRA

Nao sei onde, comecei a ler uma resenha de livro agora foi publicado no Brasil, Soldados Rasos. (vide abaixo)

Soldados rasos, inédito no Brasil, foi publicado pela primeira vez na Inglaterra em 1929 e no ano seguinte, com cortes, livre de palavrões e demais expressões consideradas chocantes para a época. Ambas as versões foram assinadas por “Soldado 19022”, identificação militar recebida pelo escritor australiano Frederic Manning (1882-1935) durante sua participação na Primeira Guerra Mundial. Conhecido nos círculos literários da Inglaterra, onde vivia, Manning alistou-se voluntariamente no exército britânico e lutou, ao lado de soldados de diversas nacionalidades, nas ofensivas franco-britânicas contra os alemães na região do vale dos rios Somme e Ancre, na França, durante o segundo semestre de 1916. Seu livro é uma ficção baseada no cotidiano dos homens nas trincheiras e acampamentos, entre bombas e goles de rum, longas esperas e marchas. Manning dá voz aos soldados anônimos, com seus diferentes sotaques e gírias, revelando a percepção – ou incompreensão – que tinham do conflito. O sucesso do livro na Inglaterra fez com que autores e críticos fossem investigar a identidade do Soldado 19022. Foi T.E. Lawrence, apreciador da escrita de Manning e que considerava a obra “o livro dos livros” sobre o exército britânico, quem a desvendou e forçou o autor a sair do anonimato. Cultuado por escritores como Ezra Pound, T.S. Eliot ou E.M. Forster, Soldados rasos só foi relançado em sua versão completa na Inglaterra no final dos anos 1970. É essa a versão que foi traduzida pela primeira vez para o português. Ernest Hemingway declarou certa vez que considerava o livro de Manning como o “mais belo e mais nobre” de todos os que já lera “sobre a guerra e os homens que a fizeram”. “Eu o releio a cada ano, para me lembrar de como as coisas realmente eram, para não ter nunca de mentir – a mim mesmo ou aos outros – sobre o que foi essa realidade”, disse.
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Nunca ouvi falar desse livro em lugar nenhum. Mas pesquisei e realmente ha um elogio muito grande aqui e ali, vide

Praise for Frederic Manning
andThe Middle Parts Of Fortune
‘The finest and noblest book of men in war that I have ever read. I read it over once each year to remember how things really were so that I will never lie to myself nor to anyone else about them.’
‘A classic of enduring validity. I am glad he was an Australian, for this is a profoundly democratic book. I know of no story of the first world war which is so effectively written, not only from the ranks, but from the point of view of the ranks it remains, with Richard Mahony, almost alone among the products of Australian writers.’
‘No praise could be too sheer for this book. It justifies every heat of praise. Its virtues will be recognised more and more as time goes on.’
‘A wise book among the most thoughtful novels of the war.’
‘Frederic Manning’s novel of the first world war, The Middle Parts of Fortune, first appeared in London in 1929, in a limited edition intended for subscribers only. It was issued to the public the following year under the title Her Privates We, with some minor alterations made in concession to the conventions of the time. In rendering the everyday language of soldiers, for example, certain niceties were observed; “fuckin’s” were changed to “muckin’s,” and “buggers” to “beggars.” These transparent amendments did little to diminish the impact of the book, which struck its many readers, particularly those who had served in the war or witnessed its after-effects on their loved ones, as being true to the actual experience of modern warfare in ways that nothing else had managed to be. In the judgement of many of his admirers, Manning’s achievement has not really been surpassed even now, many decades and many wars later.’

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