1.2.10

ENCONTREI MITNICK


Nem acredito. Alias, acredito. Quando fui na Campus Party, foi meio dose. Nao tinha levado em conta que havia que chegar ate o local, depois esperar durante um tempao o onibus que leva ate a Campus Party e.. o credenciamento para entrar na parte paga da Campus. E havia duas filas, uma de credenciamento e outra de cadastramento de micro, sorte (?) que nao tenho notebook entao foi so descobrir isso e fui para outra fila. Foi dose. Tive que apelar para uns truques para conseguir chegar a tempo de ver o sujeito terminar a palestra e distribuir os famosos business card dele. Que alias podem ser encomedados no site dele, no http://mitnicksecurity.com/
Na noite anterior, ele tinha dado atencao para os fans, vide


Entao eu estava chegando, me juntei a massa que estava chegando perto do palco para catar tambem um cartao, parecia um bando de esfomeados da Etiopia.
Cheguei la e fiz um cartaz instantaneo com um papel que tinha levado em principio para pegar um autografo (nao tenho livro dele). Escrevi "I am Free Mitnick Brasil". Valeu, ele viu. Sorriu, chegou perto e me deu um cartao tambem.
Os cartoes acabaram rapidinho. Um cara da multidao falou em voz alta que dava R$ 50 por um cartao.

Para quem estava la ou viu o video do "Momento Telefonica" (o video foi retirado do youtube, tem ou tinha um video da conferencia que ele ministrou na Colombia )presenciou uma verdadeira operacao militar para tirar o cara de la, pouco depois que a palestra terminou. Para mim, que estava la, so faltou um helicoptero e militares armados. O pessoal que nao teve chance de tirar foto com ele, nem de autografar o livro chegou a pensar numa campanha "Arrest Kevin Mitnick"

Depois de andar um pouco pela Campus Party e pegar uns brindes, mandei um email para ele, comentando quem eu era, meu artigo na 2600, meu passado com a campanha Support Kevin Mitnick, etc, etc.. ele me respondeu com poucas palavras, escrevi mais algumas vezes. Uma hora falei "I give up".
Para minha surpresa, dias depois ele acabou me mandando o numero do celular dele no Brasil. Acho que o fato de que eu falei que ja conheco varias pessoas que ele conhece, tipo o pessoal do HackTic e o Emmanuel Goldstein, da 2600 Hacker Quaterly, deve ter ajudado. Se bem que tambem o cara eh legal com as pessoas.
Mas foi sorte. E foi bem dificil conseguir um tempo para encontrar com ele. Queria pelo menos perguntar algumas coisas sobre a campanha, se tinha feito diferenca para ele, umas besteiras que acabei nem perguntando. Pensando bem, pra que?
Tive um cha de cadeira de quase uma hora para encontra com o cara no hotel, ele recebe ligacoes o tempo todo.
O cara me recebeu legal.
Ate me deu outro cartao e um adesivo da campanha Free Kevin. Mostrei para ele uma caneta jeitosa que ficou abandonada na mesa onde ele autografou os livros, ele manejou a dita cuja e confirmou que era dele mas eu podia ficar com ela.
"Valeu, vou envolver num saco plastico e agora posso dizer que ate tenho as suas digitais", disse de brincadeira.
Ele queria jantar, me convidou, falei q tinha q ir no banco atras de dinheiro (como se eu tivesse dinheiro sobrando), ele: "deixa comigo, mas onde a gente pode comer por aqui?". Eu nem tinha ideia, fomos para a rua augusta, sabado a noite. O restaurante que tinham recomendado para ele, o SPOT, tinha lista de espera de 2 horas (e meia). Outro tinha uma lista de espera menor. Outro era uma pizzaria, quente demais.
Eu resolvi apelar, escolhi a esmo uma menina jeitosa de um casal de namorados e falei que estava com convidado estrangeiro e precisava de uma recomendacao de lugar legal. Ai expliquei para o Mitnick o meu raciocinio, mulher bonita sempre sabe onde eh o melhor lugar. A menina entendeu tambem, morreu de rir, o namorado dela idem. Me falaram de um restaurante ali perto e a gente foi la. Comida indiana. Realmente indiana, a menina que nos atendeu ainda por cima falava ingles fluente. Atendimento realmente simpatico, nem mandaram a gente embora perto do fechamento.
Ia levar o Mitnick de volta pro hotel mas o cara ainda queria ir num pub. Beleza, te levo ate la. Minha ideia era deixar ele la, achava que ia encontrar alguem. Nada. Acabamos ficando ate as 3:30 da manha batendo papo e escutando rock.
Ate podia ter aproveitado para perguntar mais coisas. Nao tava tao dificil. Mas nao fui com a cabeca para fazer uma reportagem, a gente de um ano de idade de diferenca. E eu sei que, dependendo do que perguntasse, ele nao ia responder mesmo. Talvez ate respondesse mas o papo foi mais social mesmo.
Apesar que confirmei que os livros dele, diretamente, nao deram tanta grana assim. Assim como? Como a gente pensa que livro da quando fala que vai escrever um livro. Ele concordou comigo que realmente, publicar um livro eh melhor quando vc tem algo para divulgar tipo um business, junto com o livro.
O chato foi nao ter tirado foto com ele (tinha desistido da coisa, nem tava mais andando com camera) nem ter autografo. Mas quer saber? Tudo bem.
Foi legal. Quem sabe ainda nao encontro com ele, em Las Vegas. So esperando para ver.

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